quinta-feira, 12 de maio de 2011

FESTA

  (São Paulo,1989).Direção:Ugo Georgetti.Roteiro:Ugo Georgetti,baseado em argumento próprio.Fotografia:Rodolfo Sanchez.Música:Mauro Georgetti/Décio Cascatera.Montagem:Marc Derossi.ELENCO:Antonio Abujamra,Adriano Stuart,Jorge Mautner,Iara Jamra,Otávio Augusto,Ney Latorraca,José Lewgoy e Patrícia Pillar.Produção:Nello De Rossi/Quanta Filmes/Embrafilme.Cores.82 min.
  Cinco prêmios no Festival de Gramado,1989,inclusive melhor filme e melhor roteiro.
  "Festa lembra alguns trabalhos recentes de Ettore Scola(O Baile,A Família),mas apenas pela conceituação cenográfica,já que o estilo é bem diverso.Tudo se passa num mesmo cenário,da primeira à última cena.Estamos no andar inferior de uma mansão paulista,espécie de sala de jogos.Lá em cima acontecendo a grande festa de um senador,mas a câmera nunca sobe.A gente fica o tempo todo lá embaixo,com os 'outsiders' da alegria geral:os garçons,alguns empregados da casa três figuras contratadas para animar momentos dessa noitada.Eles são um tocador de harmônica(Jorge Mautner),um profissional de 'snooker'(Adriano Stuart)e o "bicão" que sempre o acompanha(Antonio Abujamra).Para esses três não servem comida nem bebida.Eles tem que ficar ali,apenas esperando o momento de serem chamados.As horas vão passando e neste não acontecer nada,acontece tudo.Às vezes aparece um bêbado,a filha menor do dono da casa e até um ator da Rede Globo.Mas o negócio é esperar,senão a grana prometida não pinta... Apesar do tempo curto,Georgetti consegue fazer uma crítica bem acabada e bem humorada deste nosso sistema de castas,onde poucos são os convidados para a festa e para a maioria não sobra nada,nem os restos do banquete"Goida(13/06/89)Extraído do livro:DICIONÁRIO DE FILMES-GEORGES SADOUL-L&PM EDITORES

quarta-feira, 11 de maio de 2011

HANK WILLIAMS

  O mais legítimo representante de uma das vertentes do rock,a country music,Hank Williams surgiu aínda nos anos 40,trazendo na bagagem uma grande influência de 'western swing' e formado na escola do 'honk tonk',música country de bar de estrada,aparentada com música negra.
  A direta influência de Hank sobre os astros do rock(e do country)dos anos 50 e 60 foi maciça,aliás,mesmo depois de décadas de sua morte(ocorrida em 1953)seu nome é insistentemente lembrado por novas gerações de músicos.De seu repertório ficaram 'Honk Tonkin','Jambalaya','Lovesick Blues','Your Cheatin´Heart','You Win Again' e muitas outras.EXTRAÍDO DA PUBLICAÇÃO"O CALDEIRÃO DO ROCK"-EDITORA ESCALA

terça-feira, 10 de maio de 2011

BETO ROCKFELLER

  Novela de Bráulio Pedroso.Elenco:Luiz Gustavo,Débora Duarte,Bete Mendes,Irene Ravache,Walter Forster,Maria Della Costa,Ana Rosa,Plínio Marcos,Marília Pêra,Rodrigo Santiago,Jofre Soares,Eleonor Bruno,Walderez de Barros,Zezé Motta,Gésio Amadeu,Ruy Resende,Alceu Nunes,Esther Mellingher,Marilda Pedroso,Wladimir Nikolaief,Heleno Prestes,Pepita Rodrigues,Renato Côrte Real.
  Beto(Luiz Gustavo) é um charmoso representante da classe média que trabalha numa casa de calçados.Com sua intuição e perspicácia,consegue penetrar na alta sociedade,através de sua namorada Lú (Débora),sempre passando por milionário.Quem Beto preferirá afinal ?Lu,a garota sofisticada e rodeada de gente importante, ou Cida(Ana Rosa),a humilde namoradinha do bairro onde mora?A contradição será explicada através de seu nome:Beto,humilde trabalhador,da rua Teodoro Sampaio;Rockfeller,sofisticado e badalado,da rua Augusta.Enquanto vacila entre os dois extremos,a grã-finagem dobra-se ante seu maniqueísmo,e ele tem que fazer toda ordem de trapaça para que sua origem-que já não é segredo para Renata(Bete),uma jovem grã-fina decadente-não seja descoberta.
  Uma rajada de ar novo na televisão.Beto abandonava a linha de atitudes dramáticas e artificiais que acompanhavam as novelas desde que o gênero havia chegado ao gosto dos brasileiros.Na verdade,uma primeira tentativa havia sido feita por Lauro César Muniz,em 1966,com 'Ninguém Crê em Mim',em que o tom coloquial dos diálogos rompia com os padrões estabelecidos até então.Todavia,só mesmo com o trabalho de criação e o posicionamento de modernizar a linha de telenovela,foi possível adaptar o público às novas exigências.Não só os diálogos mudaram.Tudo passou por uma renovação:a estrutura da história principalmente.
  O maniqueísmo vigente passa a ser integrante do próprio protagonista;o anti-herói assume os postos até então ocupados por personagens de caráter firme,sensatos,absolutamente honestos e capazes de qualquer proeza para salvar a heroína das adversidades.A sua concepção procurava se aproximar das pessoas comuns;isto é,ter atitudes boas ou más conforme se apresenta a vida.
  Eliminou-se o final de capítulos com 'ganchos' forçados.E a direção-Lima Duarte-não se restringiu apenas a marcar os atores em função da câmera.O despojamento dessa marcação provocou a libertação dos atores,no sentido de fazer um trabalho artístico também na televisão.
  Mas nem tudo foi perfeito em 'Beto Rockfeller'.O sucesso fez com que a emissora "espichasse" sua história,e o autor em grande estafa abandonou provisóriamente sua obra(foi substituído por três autores liderados por Eloy Araújo).Os próprios atores se ausentaram para tirar férias,e muitos capítulos eram preenchidos com qualquer "criação" de emergência:um grupo de jovens dançando numa festinha,um personagem caminhando indeciso ou então uma determinada ação-sem diálogos-era acompanhada por música de sucesso.
  Tudo o que foi válido serviu de base para as novelas do futuro.Até mesmo as improvisações dentro da falta de organização da época servem de modelo até hoje.Mas,no fundo,se as novelas revolucionavam em sua forma,seu conteúdo era mantido o mesmo.Um vaivém em busca da audiência.(TV Tupi-20h,de 4 de novembro de 1968 à 30 de novembro de 1969.)TEXTO EXTRAÍDO DO LIVRO 'TELENOVELA BRASILEIRA-MEMÓRIA de Ismael Fernandes.ed.Brasiliense1987.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

ARTHUR ALEXANDER

  Com um bom gosto impecável para descobrir boas canções de outros autores e sendo ele mesmo um compositor com traços de genialidade,Arthur Alexander deixou sua marca na história.Surgido em Memphis,no final dos anos 50,tomando parte na cena rhythm & blues rural do local,Arthur Alexander teve seu estilo largamente copiado pelos ingleses nos anos 60.Quando John Lennon,por exemplo,usava a palavra "girl" como se fosse uma vírgula,era em Alexander que estava pensando.Os Beatles gravaram sua "Anna";os Stones,'You Better Move On';'A Shot Of Rhythm & Blues',por Gerry e The Pacemakers:sua composição mais conhecida,'Everyday I Have To Cry',foi um hit com Steve Alaimo em 1961.(TEXTO EXTRAÍDO DA PUBLICAÇÃO 'O CALDEIRÃO DO ROCK'-EDITORA ESCALA)

MENSAGEM DE BOAS VINDAS.

AGRADEÇO AO MEU AMIGO MANOEL POR TER ME INCENTIVADO A CRIAR UM BLOG.E O DEDICO À TODOS OS MEUS AMIGOS DO ORKUT E FACEBOOK.